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Foto do escritorAuro de Jesus Rodrigues

AMARÁS O TEU DEUS E O TEU PRÓXIMO

AMARÁS O TEU DEUS E O TEU PRÓXIMO

“Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. Mateus 22:36-40.

 

Este diálogo começa quando um dos escribas, que era um especialista na lei judaica, faz a Jesus uma pergunta importante: "Mestre, qual é o grande mandamento na lei?" Essa pergunta reflete um desejo sincero de entender os princípios fundamentais que governam a vida religiosa e moral. Os escribas estavam familiarizados com os mandamentos contidos na Torá, a lei judaica, e buscavam identificar o mandamento mais importante entre eles.

 

A resposta de Jesus a essa pergunta é central para o ensinamento cristão e resume a essência de toda a lei e os profetas. Ele declara: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento."

 

Aqui, Jesus cita o Shema, uma declaração de fé judaica encontrada no livro de Deuteronômio (Deuteronômio 6:5), que enfatiza a importância do amor a Deus como o princípio fundamental da fé judaica.

 

Ao identificar o amor a Deus como o grande mandamento, Jesus está destacando a importância da relação pessoal e íntima com o Criador. Amar a Deus de todo o coração, alma e mente significa dedicar-se totalmente a Ele, colocando-O no centro de nossas vidas e priorizando Sua vontade acima de tudo.

 

Esse amor a Deus é expresso através da adoração, obediência e serviço fiel, e é o fundamento sobre o qual todos os outros aspectos da vida espiritual devem ser construídos.

 

No entanto, Jesus não para por aí. Ele continua sua resposta, identificando um segundo mandamento que é igualmente importante: "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Aqui, Jesus cita uma passagem do livro de Levítico (Levítico 19:18), que enfatiza a importância do amor ao próximo como uma expressão concreta do amor a Deus.

 

Amar o próximo como a si mesmo significa tratar os outros com compaixão, bondade e respeito, reconhecendo sua dignidade e valor como seres criados à imagem de Deus.

 

Isso envolve cuidar das necessidades dos outros, praticar a justiça e a misericórdia e buscar a reconciliação e a paz em todas as nossas relações interpessoais. O amor ao próximo transcende barreiras de raça, religião, cultura e status social, abraçando a todos como membros da família humana.

 

Ao identificar esses dois mandamentos - amar a Deus e amar ao próximo - como os maiores, Jesus está resumindo toda a lei e os profetas em duas verdades simples e profundas.

 

Ele está ensinando que a essência não está em observar rituais externos ou em seguir uma lista de regras e regulamentos, mas sim em cultivar um relacionamento íntimo com Deus e demonstrar amor prático pelos outros.

 

Esses dois mandamentos estão intrinsecamente interligados, pois o amor a Deus se manifesta no amor ao próximo, e o amor ao próximo é uma expressão tangível do amor a Deus.

 

Como o apóstolo João escreve em sua primeira carta: "Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (1 João 4:20).

 

Jesus conclui sua resposta afirmando: "Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." Isso significa que todos os ensinamentos da lei e dos profetas, todo o propósito e significado das Escrituras, podem ser resumidos e cumpridos através do amor a Deus e ao próximo. Quando vivemos de acordo com esses princípios, estamos cumprindo a vontade de Deus e demonstrando verdadeira fé e obediência a Ele.

 

É importante ressaltar que esses mandamentos não são apenas um ideal a ser buscado, mas um padrão pelo qual devemos viver nossas vidas diárias. Eles nos desafiam a amar de forma sacrificial e altruísta, a abrir mão de nossos próprios interesses em prol dos outros, e a buscar ativamente o bem-estar espiritual e material daqueles ao nosso redor.

 

Ao mesmo tempo, reconhecemos que, como seres humanos falhos e limitados, muitas vezes falhamos em viver à altura desses mandamentos. É por isso que dependemos da graça e da misericórdia de Deus para nos capacitar a amar como Ele nos chamou a amar.

 

Ele nos dá o Espírito Santo como nosso ajudador e guia, capacitando-nos a viver vidas que glorificam a Ele e abençoam os outros.

 

Portanto, os versículos 36 a 40 de Mateus 22 nos lembram do cerne do evangelho cristão: o amor. Eles nos desafiam a amar a Deus de todo o coração, alma e mente, e a amar ao próximo como a nós mesmos.

 

Eles nos chamam a viver vidas de fé, esperança e amor, refletindo o caráter de Cristo em tudo o que fazemos. Que possamos, portanto, buscar viver de acordo com esses mandamentos, sendo luz e sal neste mundo, e demonstrando ao mundo o amor transformador de Deus.

 

No entanto, além de compreendermos o significado desses mandamentos, é crucial também examinarmos sua aplicação prática em nossas vidas diárias. O que significa amar a Deus de todo o nosso coração, alma e mente? Como expressamos esse amor em nossas ações e atitudes? E como podemos demonstrar amor genuíno ao próximo em nosso cotidiano?

 

Amar a Deus de todo o nosso coração, alma e mente implica em colocá-lo em primeiro lugar em nossas vidas. Significa priorizar nossa relação com Ele acima de qualquer outra coisa, buscando conhecê-lo mais profundamente através da oração, do estudo da Palavra e da comunhão com outros crentes.

 

Envolve também obedecer aos Seus mandamentos e viver de acordo com Seus princípios, mesmo quando isso significa sacrificar nossos próprios desejos e vontades.

 

Além disso, amar a Deus de todo o nosso coração, alma e mente requer uma entrega total de nossa vida a Ele. Isso implica em rendição e submissão à Sua vontade, confiando plenamente em Seu cuidado e direção em todas as áreas de nossa vida.

 

Quando amamos a Deus dessa maneira, nosso relacionamento com Ele se torna a fonte de nossa identidade, segurança e significado, moldando todas as nossas escolhas e prioridades.

 

Por outro lado, amar ao próximo como a nós mesmos envolve colocar as necessidades e interesses dos outros acima dos nossos próprios. Significa tratar os outros com o mesmo amor, respeito e compaixão que desejamos para nós mesmos. Isso pode se manifestar de várias maneiras, desde pequenos gestos de bondade e serviço até a defesa da justiça e dos direitos dos oprimidos e marginalizados.

 

Amar ao próximo também inclui perdoar aqueles que nos machucam e buscar a reconciliação em relacionamentos quebrados. Isso exige humildade, paciência e sacrifício, mas é uma expressão poderosa do amor transformador de Deus em nossas vidas.

Quando amamos ao próximo dessa maneira, estamos refletindo o amor de Cristo ao mundo e participando ativamente do Seu trabalho de restauração e reconciliação.

 

É importante reconhecer que amar a Deus e ao próximo não é uma tarefa fácil, e muitas vezes falhamos nesse aspecto. No entanto, podemos encontrar conforto na promessa de Deus de que Ele nos capacitará e nos fortalecerá através do Seu Espírito Santo. Ele nos ama incondicionalmente e nos capacita a amar da mesma forma, não com base em nossas próprias forças, mas na Sua graça e poder sobrenatural.


Auro de Jesus Rodrigues


INDICAÇÃO DE LEITURA:

Conhecimento da bíblia
Resumo bíblico

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